E lá estavam. Alinhadas e distantes. Sim, se encontravam um pouco distantes ; e essa distância, por motivos que eu bem conheço, me incomodava. Mas me confortava saber que mesmo assim, distantes, se encontravam. E talvez por isso - além do cenário negro a que faziam parte - me chamavam tanta atenção. Eram duas. A primeira, maior, tinha um brilho forte e inconstante ; a outra era pequenininha e de pouco brilho, de modo que acabava se perdendo às vezes, fazendo com que eu, em muitas tentativas,à procurasse atentamente.
- Olha, aqui na salinha que estou tem uma janela, de onde posso ver agora duas estrelinhas brilhando, uma pequena e uma grandinha.
E continuava...
- Elas estão um pouco distantes...
- Nós dois.
- A (estrela) grande tem um brilho forte, já a menor chega a se perder às vezes. Quando falei e fui olhar de novo, não vi mais. Daí, fiquei observando, procurando e encontrei.
- Eu entendo.
- Tem que ter paciência para poder vê-la. Mas... você tem, não tem?
- É claro que tenho.
- Quando a pequenininha parece ter apagado, a grande continua brilhando forte. Acho que é pra não deixar ela se perder.
- Mas se você olhar bem,a grande às vezes fica pequena também e vice-versa.
- Você também pode ver?
- Eu não sei. Mas é assim mesmo, acredite.
- É... Obrigado por manter a luz acesa e não deixar eu me perder, viu?
* à quem tem sido luz, abrigo e palavra. Aos Eduardos e Isabelas da vida. Da minha.
Meu Deeeus! de onde é que tu vem, ein? como é que mesmo tão pequenininha consegue preencher tanto espaço em mim? te amo o tempo todo, viu? sem passar por um segundo da distância. ♥
ResponderExcluirObrigado por manter a luz acesa e não deixar eu me perder nunca, viu?! Eu te amo.
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