quinta-feira, 24 de maio de 2012

De repente, poesia

Minha poesia não se faz com um milhão de rosas vermelhas e 'eu te amo's estampados pro mundo inteiro ver. Minha poesia é um segurar na mão,um sorriso,um abraço...Como diz a música, "o detalhe que o coração atenta". Meu sorriso mais sincero hoje é pra quem com uma palavra,gesto,ligação, faz colorido um dia que tinha tudo pra ser cinza. Felicidade pode ser também ver algo bonito nascer onde as outras pessoas vêem mesmice. Se é que vêem.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Talvez

Nós vamos tentando recolher os pedacinhos das lembranças que ficaram pelos cantos menos aparentes da casa. O que foge às fotos, aos bilhetes e aos presentes; na tentativa - por vezes frustrada - de mudar o foco, se desligar e deixar. Não seria logo isso o impossível nesse mundo tão doido, cheio de surpresas e tempo. Que hoje parece não passar, mas que amanhã vai acelerar os ponteiros e assim deixar ser, ir. Nós vamos procurando - e por vezes também, encontrando - motivos, atos falhos, palavras avulsas e memórias em vão. Somos covardes, fracos e incapazes. Humanos. Nossas promessas passam longe de honrar o nome que carregam e, ainda assim, estamos vivos. Nos (re)descobrimos em milhões. Podemos ser outras músicas, outras manias, outros gestos, outros. Se assim quisermos e o tempo nos permitir. Olhe quantas estrelas ficaram por colorir! Talvez a inércia pareça o melhor agora e nada mude. TAL-VEZ. Mas quem é que quer viver do incerto,não é?! Que possamos encontrar um chão firme pra pisar e terras férteis pra deixar nossas sementes. E viveremos não de talvez,mas de dar chance ao acaso... mesmo a cabeça teimando em traçar a p* de um destino.

"Mas a solidão deixa o coração nesse leva e traz..."