terça-feira, 23 de abril de 2013

Flight


E como em outras vezes, eu perdi o fio da meada. Não sei exatamente quando, nem como. Me pareceu que entre o piscar dos olhos secos e o sorriso que se formava no canto da boca ou quando me vi saindo assim, sem despedida nenhuma. Sei que o corpo virou casa de umas dez mil emoções fervilhando e o coração de umas paixões dessas descabidas de menos de um fim de semana. Logo eu,tão raiz... Criei duas asas dessas boas de se admirar;e Narciso sentiria inveja do amor que sinto hoje por elas. Tão mais importantes pra mim do que qualquer coração pulsante que eu quase faço parar de bater no peito. Esse virou leviano, e egoísta até. Virou mais sorriso, mais deixa acontecer e - pam!-  a boca gostou desse sabor de liberdade.E quem me empresta os ouvidos sabe por quantas vezes me ouviu argumentar com um "nós só temos certeza dessa vida". Porque é assim mesmo, moço, não tem como dizer que não. Independente da tua crença, vem brincar de viver solto do meu lado ou do lado de quem te quer feliz. Só tira essas mãos de mim, porque essa minha sede de viver demais afasta qualquer um que queira me segurar pelo braço, mesmo que com um abraço de amor.